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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Vestibular e processo de aprendizagem



Passar no vestibular ou concurso, é o objetivo de todos estudantes. Uns por que sabem claramente o que querem da vida, outros por imposição dos pais, que dizem que sem o "canudo" na mão nunca serão alguém. Enfim, há diversas razões, mas o desejo é um só: aprovação no concurso almejado ou na universidade. Entretanto, não basta recorrer apenas a macetes numéricos, exercícios mneumônicos, processos objetivos ou subjetivos de memorização. Pois, de certa forma, limitaria bastante o propósito. Além do mais não podemos esquecer que o ser humano por si é único dentro da sua magnífica pluralidade, proporcionando maneiras distintas de se percorrer o processo de aprendizagem.
No vestibular ou concurso, não é aprovado somente aqueles que perdem noites resolvendo exercícios, ou deixam de curtir alguns showzinhos... Sabemos de casos de pessoas "festeiras" que conseguem ser aprovadas tranqüilamente em concursos, e o melhor; sem desgaste. Sem perder um ano inteiro. Já vi casos de amigos que se prepararam dias, semanas, dois ou três meses, e mesmo assim se deram muito bem. Será que houve alguma fórmula milagrosa? Garanto que não. Nestes casos, as pessoas têm um satisfatório censo de auto-conhecimento no que se refere ao mecanismo de aprendizagem particular. Por isso, sempre que possível, comentarei sobre as etapas do aprender segundo "Skninner - Bruner - Anglin - Piaget - Gagné", mas na maioria das vezes, vou citar experimentos foram eficazes com meus alunos.
Tais experimentos educacionais foram pautados, principalmente, na teoria da "Inteligência Múltipla". Assim, é possível usar linguagens como: poesias, crônicas, frases, desenhos, música, etc. Independente da disciplina. Logicamente, a escolha ficará por conta do amigo internauta.
Bem, uma vez feita a introdução, vamos ao que interessa: Eu jamais poderia dar dicas de estudos dando macetes isolados, na medida em que cada indivíduo aprende de uma maneira única, isso disponibilizaria nossas sugestões para um pequeno grupo de pessoas, por isso creio que é interessante discutir, em síntese, a aprendizagem.
Segundo Gagné, a aprendizagem é uma mudança de comportamento que resulta da experiência. A situação estimuladora, a pessoa que aprende e a resposta, constituem os elementos principais que conduzem a aprendizagem. De acordo com os estudos, ela ocorre nas seguintes etapas: (motivação, objetivo, preparação, obstáculo, resposta, reforço e generalização) – não se preocupem; num momento oportuno comentarei sobre cada um deles.
Em relação ao caminho que leva à aprovação, gostaria de comentar sobre o processo mental sobre a óptica de Vygotsky, que acreditava que o fator responsável pelo intelecto superior do homem era a habilidade que este tem de fazer do uso de signos, que garante um lembrete a memória a respeito de conceitos, fatos, e números. Era nesse ponto que eu queria chegar desde o início. Imagine, amigo internauta, se nós vivêssemos num mundo sem símbolos. Dessa maneira, se algum cientista fizesse uma descoberta muito valiosa para a humanidade, e não a registrasse, tais conhecimentos se perderiam no tempo. Uma anotação numa agenda, por exemplo, de gastos e dívidas, são símbolos que lembram a mente no momento propício sobre àqueles dados. A linguagem propriamente dita é o sistema básico de todos os grupos humanos. Lembre-se que nossa mente é seletiva. Há uma memória temporária, e uma permanente. Então você me pergunta: - Sim, mas como aplicar isso no dia-a-dia? – E eu digo: - Não seja por isso; vamos às primeiras dicas:

I – PARA QUÍMICA, FÍSICA E MATEMÁTICA.

O método científico é constituído de teoria, modelos e fórmulas. Conseqüentemente, toda fórmula matemática vem de uma teoria preliminar. Portanto, ao invés de separar dias para estudar teoria e fórmulas, o aluno aprenderá muito mais se procurar enxergar os postulados teóricos dentro da própria fórmula, noutras palavras, procurar entender o significado daquele símbolo de tal maneira que o mesmo sirva de estímulo para uma ativação automática da memória que guardou aquele conhecimento.

Por exemplo: A fórmula: Fr = m x a, implicitamente nos informa que ao aplicarmos uma força resultante sobre qualquer matéria, a velocidade vetorial da mesma será variada.

II – PARA GEOGRAFIA:

Dentro dessa proposta de decodificação de símbolos, o estudante pode dispor de um mapa em branco, se a denominação das fronteiras políticas, e a partir deste treinar os olhos para visualizar quaisquer classificações geográficas, como: social, agrícola, econômico, religioso, enfim.

III – PARA O PORTUGUÊS:

Seguindo a mesma filosofia de Vygotsky, o aluno deve procurar entender o significado de cada vocábulo. Não me refiro a palavras difíceis do dicionário, e sim aos termos nomeiam os capítulos do livro de Gramática.

Por exemplo: Oração coordenada assindética. O aluno deve interpretar a existência de uma coordenação de orações sem síndeto, ou seja, sem preposições.

IV – PARA HISTÓRIA:

Ainda com o mesmo raciocínio, é interessante fazer uso de palavras chave para cada acontecimento histórico. Por exemplo: Encilhamento – Marechal Deodoro. Construção de Brasília – JK.

V – PARA BIOLOGIA;

O aluno deverá seguir o mesmo procedimento com geografia, ou seja, pegar o desenho do sistema circulatório, sem nenhuma nomenclatura e treinar os olhos para a visualização. Mas não é só isso, é interessante montar um questionário sem resposta visível, que estimule a compreensão do mecanismo de funcionamento do corpo como uma máquina.

Convém lembrar, que estas dicas não são milagrosas. São processos que já foram testados e funcionaram com muitos. Pode não funcionar com você, mas se isso acontecer, não se preocupe amigo internauta, pois oportunamente voltaremos a discutir este tema.

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"Conheça todas as teorias, domine as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana." - Gustav Jung