Trata-se de uma espécie de "Menu Cultural" do que o escritor vem produzindo no campo da poesia,conto, crônica,roteiro de cinema e TV,peça de teatro, e recentemente: novelas on-line. Além de compartilhamento de pensamentos e troca de experiências com todos aqueles que de alguma forma colaboram com a cultura sergipana.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Lições Gratuitas





Subindo mais um degrau do edifício chamado futuro,
Vislumbro lições gratuitas oferecidas durante a passagem:

Não é preciso chorar para voltar a sorrir.
Não é preciso perder para poder ganhar.
Não é preciso adoecer para encontrar a fé.
Não é preciso vendar para “ver o que é”.

Não é preciso prender para fazer justiça.
Não é preciso cair para acerta o passo.
Não é preciso torturar para que a verdade seja dita,
tampouco é preciso estar só para que carência seja sentida.
Não é preciso ser velho para ser clássico.

Tampouco é preciso morrer para deixar de existir,
Nem é preciso ser igual para conseguir se entender,
Nem é preciso ser monge para os problemas abstrair.
Mas se quer paz, é preciso se abrir, amar, ouvir, empatizar e acolher.

Atitudes novas. Resultados novos.


Por Anderson Sant’ Anna



domingo, 6 de outubro de 2013

Só se vive uma vez...



Não perca tempo reclamando da vida, isto é bestial.
Vida é para ser vivida, não precisa de manual!
Se nós estamos vivos não há ponto final,
Só há uma vírgula casual.
Não se desespere, ter problemas é normal.

Pra que reclamar da sua realidade, se nunca sonhas animal?!
Pra que reclamar da sua carreira profissional,
Se você não faz nada para mudar? Sucesso não é acidental.
Para que reclamar da solidão, se costuma ser anti-social?
Para que reclamar da gastrite? Engolir sapos não é dieta natural.

Viver não é esquecer-se de si mesmo. Isto é surreal!
Não é queixar-se do mês que tem pela frente, se deixou lá atrás o capital.
Não é dedicar-se à “vida-vazia”, simplesmente carnal.
Também não é estar junto sentindo-se sozinho. Trivial.
Muito menos é viver a ilusão face-book: Sorrisos e cartão-postal.

Viver é mais que isso. É algo fenomenal!
É sentir-se feliz cuidando de quem ama, como se cuidasse de si mesmo, por que entende natural.
É fazer o bem sem olhar a quem, por que é constitucional.
É cuidar do corpo, da alma, da mente, como um todo espiritual.
É cuidar do tempo, pois o tempo, querendo ou não, é fatal.

Só se vive uma vez... É regra. Fato. Conceitual!



Por Anderson Sant’ Anna Teinassis


domingo, 1 de setembro de 2013

Semelhanças Internucleares



Não pese autoridade,
Somos iguais.
De que vale a contrariedade
Dos nossos sinais?

Nada. Se no fim, nossas forças
Anulam-se mutuamente…
Que não seja à-toa,
E vivamos em paz, sempre.

Esqueçamos a diferença de nexos.
Se sou Próton e você elétron…
Ambos somos complexos.

Pra que mudar?
Não leve a vida a se comparar
Com a nobreza periódica.

Pra que medir habilidades
Se além de qualquer assimetria
Na influência e valentia,
Temos semelhanças internucleares?

Se és negativa,
Somos isoeletrônicos, pois sou pessimista.
Se positiva,
Seremos isótopos, pois serei otimista.

Você + Eu = natural.
Você + Você, também é natural.

Não precisa resistência.
Somos isóbaros,
Na soma do meu "N" com teu "Zê"
Jamais haverá diferença.

Em questão de amor,
Não existem regras.
Podemos viver
Sem perder nem ganhar.
Sem automatizar nosso ser.

E se mudarem teus valores
Notar-se-á, no sinal em frente,
À direita, em cima, nos arredores
E na tua ação freqüente.

Tua mudança
Não será sutil...
E quem tem ama,
Amará mudanças mil.




Por Anderson Sant' Anna Teinassis em 05.05.2000, publicado no livro "QUÍMICA POÉTICA"



quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Apagão



Apagão na decência, na moralidade,
Na transparência, publicidade,
Na consciência, irmandade...
É assim que vive a sociedade.

Apagão de políticos legislando desonestidade,
Descomprometidos com o povo, com o país e tua cidade.

Apagão de CPI que não apura irregularidade,
Que não objetiva punição, coercibilidade,
E camufla colarinho branco sob o manto da imunidade.

Apagão de PEC que não esteja a serviço da comunidade,
Que não amplie conquistas, direitos, igualdade,
Que não atue como braço forte da probidade.

Apagão de vereadores que não tenham vontade
De labutar próximos ao povo, no centro da cidade,
E que não aprovem CPI do transporte da coletividade.

Apagão da mídia que não é construída com imparcialidade,
Que noticia fatos com manipulação, sem verdade,
Que levantam bandeiras e ideologias cheias de ambigüidade.

Apagão na democracia que não é sinônimo de pluralidade,
Que é, ou tenta ser, meio de fomentar divisibilidade
Entre etnias, riquezas, aquém da humanidade.

Apagão de cultura e entretenimento sem qualidade,
Que desvalorize boa música ou qualquer expressão de arte,
Que Irrita, desmotiva, entristece e bloqueia criatividade.

Apagão no amor que não seja único, com fidelidade,
Que não ultrapassa a micareta e não abraça a longevidade,
Que é sexy pela carne, e não pela intelectualidade,
Apagão no amor-propriedade, que não tem nada a ver com liberdade.

Apagão de manifestações que não estejam de mãos dadas com a pacificidade,
Que exige polícia humana, mas a trata com desumanidade,
Que é pautada em única fonte, ou apenas na face-conectividade.

Apagão de falsos profetas e merchandising de caridade,
Apagão de médicos e profissionais do Direito com inacessibilidade,
Apagão de apagões, de políticas públicas sem seriedade.

Apagão de presente sem futuro e do futuro sem prosperidade.



Por Anderson Sant’ Anna Teinassis no dia 28.08.2013 às 23h25min



quarta-feira, 21 de agosto de 2013

E VOCÊ!?




Antes você se achava poderoso,
Mandava e desmandava ao seu bel prazer.
Julgava-se gênio, lindo, formoso,
E que todo mundo ia lhe satisfazer.

Tinha se esquecido que iria envelhecer;
Que não adiantava fingir ser piedoso;
Que amigo não é pra comprar, nem pra vender!,
Que a mentira gera fim desastroso.

Nunca se esqueça que nós viemos de pó;
Que o mal que se faz hoje, amanhã pagar-se-á;
Que quando você falha... Fica só.

Poder é ilusão! Custa, mas a lição virá.
E o que sobe rápido, desce sem dó...
Outros cometeram erros? E você!? Cometerá?



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* Escrito em 17.08.2008 e publicado na coletânea "Um Outro Hoje" de Anderson Sant' Anna.






segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O Sofrimento



O sofrimento
É pai da sabedoria
E do amadurecimento...

É igual em qualquer lugar do planeta,
A qualquer momento.

O que muda...
São as circunstâncias que o provoca.

Mas o objetivo é sempre o mesmo:
Nossa evolução espiritual.
Não é à-toa que sofrimento
Rima com crescimento.



* Poema do livro FRENESI de 1992, por Anderson Sant’ Anna


terça-feira, 6 de agosto de 2013

Hiroshima e Nagasaki






O cogumelo surgiu
Com imponência e voracidade.
Emergiu, luziu,
Destruiu Nagasáqui.

Suntuosidade...
Ponho as mãos em pala,
O céu se despedaça
Num fulgor escarlate.

Adeus árvores que outrora
Eram floridas,
E agora são esvaecidas.

QUIETAÇÃO!

O cúmulo do sofrimento
Não é manifestado com um grito,
Mas sim com silêncio.

Não sinto dor,
Remorso apenas...
Meu relógio parou,
E com ele, a vida, a inocência.



 

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Comentário:

Essa poesia foi escrita em Agosto de 1995, quando li uma reportagem da revista Super Interessante alusiva aos 50 anos daquele ato vergonhoso do ser humano. Não podemos esquecer para que algo horrível nunca mais aconteça!



domingo, 21 de julho de 2013

GAME OVER TRANSIT CITY




PRIMEIRA FASE:

Aparentemente a primeira fase é muito fácil, mas as aparências enganam. O jogador deve retirar os veículos estacionados indevidamente na porta da sua garagem sem gerar briga ou ser chamado de filho da puta. Deve-se evitar manobras bruscas como retirar o seu veículo automotor por cima dos infratores, causando inclusive uma colisão. Se fizer isso, nos tempos de hoje, há grande chance de chegar ao game over já aqui, no início. O bônus do uso do guincho deve ser usado como último recurso.

SEGUNDA FASE:

Conseguiu deixar a saída da sua garagem livre? Ótimo. Nesta segunda fase o jogador procurará sair sem ser vítima de seqüestro relâmpago, evento muito comum em portas de garagem. Conseguindo sair sem problema, o segundo desafio será entrar na via sem ser abalroado por algum condutor maníaco que transite ziguezagueado pela via em contramão e colida em seu veículo. Se percorrer 500 metros, sem passar por essas circunstâncias, parabéns, você já está apto a seguir para a terceira fase.

TERCEIRA FASE:

Em algumas cidades (consulte o menu de notícias da sua versão), no mínimo após 1000 metros percorridos o terceiro desafio aparece: Conseguir passar por um rio formado no que minutos antes da chuva era uma avenida, rua ou travessa. Nesta fase o objetivo é simples: Se estiver de carro, você deverá passar pelo rio sem apagar o fogo. Se estiver de moto o desafio é mais complexo, você deverá passar sem cair com o movimento da correnteza, sem apagar o fogo, e para conseguir pontos extras não poderá molhar os pés. Feito tudo isso, parabéns, siga para a quarta fase.


QUARTA FASE:

A quarta fase é simples, mas também pode gerar conflitos. Pare o carro quando o semáforo acender a luz amarela. Se você conseguir fazê-lo sem ser xingado ganha 1 (um) ponto. Mas cuidado, caso sofra uma colisão traseira você perderá 4 (quatro) pontos. No segundo desafio desta fase você deverá dar preferência ao pedestre sem sofrer as penalidades já mencionadas. Atenção! Quanto mais pedestres conseguirem atravessar em segurança graças à sua intervenção, melhor será para você, pois cada pedestre equivale um ponto extra. Conseguiu cumprir os objetivos, ótimo. Siga para a próxima fase.

QUINTA FASE:

Esta é uma das mais difíceis: Você deverá percorrer no mínimo 10 (dez) quilômetros buzinando no máximo duas vezes (não podem ser seguidas), sinalizando com os “piscas” do seu veículo automotor sempre que virar à esquerda ou direita. Atenção! Se durante o percurso você atirar objetos na via perderá 4 (quatro) pontos, caso desembarque e fique parado comprometendo a fluidez do trânsito perderá 5(cinco) pontos, caso estacione em fila dupla ou tripla perderá 7 (sete) pontos. Se completar 21 pontos perdidos o game-over será automático.

SEXTA FASE:

Muitos jogadores reclamam desta fase: Tente encontrar um trecho em que a engenharia de tráfego não tenha feito burrada e estrangulado o trânsito direcionando-o para alguma retenção ou congestionamento. Se você percorrer              5 (cinco) quilômetros sem passar por isso, parabéns! Siga para a próxima fase.

SÉTIMA FASE:

Particularmente acho que é a mais difícil: Percorrer no mínimo 10 (dez) quilômetros sem passar por cima de algum buraco ou via alagada.

OITAVA FASE:

É simples e ao mesmo tempo complicada. Você terá duas horas para achar uma vaga de estacionamento no Centro da sua cidade durante uma segunda feira no horário comercial. Se conseguir encontrar no horário de pico receberá 8 (oito) pontos extras de bonificação.

NONA FASE:

Também aparentemente é fácil. Você apenas deverá sair do local estacionado sem ser visto pelo flanelinha.

DÉCIMA FASE:

Muito fácil: Você apenas deverá encontrar algum ônibus como menos de um ano de uso, com pneus e tacógrafos novos. Boa sorte!

ÚLTIMA FASE:

Parabéns!!! Você chegou ao Paraíso City. Aqui todos obedecem às regras do C.T.B., todos os condutores e pedestres praticam a cidadania. Nesta fase você apenas dará um depoimento explicando porque vale à pena respeitar as leis de trânsito.







Por Anderson Sant’ Anna Teinassis






quinta-feira, 18 de julho de 2013

Não é Bom



Não é bom conviver com reclamação,
Faz mal para seu corpo, seu espírito.
Não é bom sofrer por antecipação,
Tampouco criar pretexto pra conflito.

Não é bom judiar bicho de estimação,
Ou quem está sob sua guarda, com cinto.
Não é bom você cair numa perdição
Regada a luxúria, orgia... Vinho tinto.

Não é bom você viver fazendo o mal
E sorver todo sofrimento... Vida.
Só uma vez... Faça algo excepcional:

Plante amor, verdade comprometida!
Sinta alegria de forma natural,
Vida que vale à pena, não é fingida!


Por Anderson Sant’ Anna





sexta-feira, 5 de julho de 2013

Soneto ao P.Q.D.



Aqui embaixo, preso na minha terra,
Tenho uma pequena visão da vida.
Mas quando alço meu vôo, tudo se encerra
E me sinto preparado pra lida.

O tempo pára: Só paz... Não há guerra.
Não há incerteza... Tão pouco ferida.
Tenho a noção de que a gente não erra,
Só vivemos à chegada e partida.

Sou P.Q.D., respiro liberdade!
Tenho pavor de ser mais letra miúda
Em qualquer lista da má sociedade.

Sou P.Q.D. transpirando verdade,
Alegria, fé... Regozijo me saúda:

Salve P.Q.D.! Com felicidade!


Por Anderson Sant' Anna


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Dia dos Namorados







Dia dos namorados
Não é só dia dos namorados...

É da moça bonita que suspira
E aspira amor puro, abençoado por Deus.
É de todo aquele que espera a carta de amor
Navegante de mares nunca imaginados.

É do pescador que ama desesperadamente o mar
Que lança gritos entalados que afogam sereias,
E filosofa com os sapos que cospem o fogo do remorso.
Que se esbalda com os sonhos enlatados que cortam suas veias,
Que ama, muito, incondicionalmente,
Porque seu amor foi forjado, lapidado, polido por Deus.

Dia dos namorados
Não é só dia dos namorados!

É de todos aqueles que acreditam que o Senhor Tempo
Não é apenas médico ou farmacêutico,
É, sobretudo, um cativante oftalmologista,
Que nos possibilita enxergar a beleza tridimensional do que foi, é,
E sempre será bonito aos olhos do coração.

É daquele que após dois anos e quatro meses de puro amor,
Verdadeiro, companheiro, perfeito,
Nasce renovado a cada dia, com um desejo de dizer: TE AMO!

Dia dos namorados
Não é só dia dos namorados...

É principalmente, daquele que ama a pessoa amada hoje
E amanhã amará muito mais.
É daquele que ama na saúde,
E que na velhice e na doença, amará cem vezes mais.
É daquele que tem fé e acredita no amor,
E que as dificuldades fortalecem os casais,
E por isso sempre estará disposto a passar por tudo
Para ficar ao lado da pessoa que ama.

Dia dos namorados
Não é só dia dos namorados.



By Anderson Sant’ Anna