No início do século, uma aeronave que parecia um imenso charuto, foi protagonista de uma tragédia considerada como uma das piores do século. Muitos conhecem tal meio de transporte, com luxo a altura de um transatlântico, como Zepelim. Eu também pensava assim, até ver num documentário que a empresa com o maior dirigível construído até hoje, e que sofreu o acidente, era um Hindenburg.
O que chamou minha atenção não foi o acontecimento, afinal vemos tragédias sempre nos telejornais, e sim a forma como a notícia foi transmitida, pois junto a imagem daquele imenso charuto em chamas, havia a voz lacrimosa do repórter:
- “Desculpem-me, senhoras e senhores, é muito difícil falar nessa hora... é difícil ver tantas pessoas sofrendo e não poder fazer nada... é muito triste.”
Aquilo me comoveu e deixou-me envergonhado por viver numa época em que repórteres mostram uma guerra do Golfo como um espetáculo de luzes, entusiasmados, dando close nas feridas e miolos das vítimas da violência... Pra quê? Para aumentar a audiência! Nessa hora, finalmente percebi o que nos diferencia dos nossos avós.
Oi Anderson! Seja bem vindo à blogsfera.
ResponderExcluirBeijos.