Trata-se de uma espécie de "Menu Cultural" do que o escritor vem produzindo no campo da poesia,conto, crônica,roteiro de cinema e TV,peça de teatro, e recentemente: novelas on-line. Além de compartilhamento de pensamentos e troca de experiências com todos aqueles que de alguma forma colaboram com a cultura sergipana.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

ODE



Das curvas cerebrais
pingam gotas sudoríparas
de um dia turbulento.

Glúteos, coxas,seios...
Arqueamentos sinuosos
que se harmonizam
no sublime relevo
do continente mulher!

Num encadeamento lírico
as fibras de algodão
amoldam-se a sua derme,
suas memórias, 
seu hoje,
teu amanhã.


E não importa se o que te envolve
tem origem egípcia, tradicional
pina, nanocotton, fibra modal ou microfibra...
Sua persona sempre resultará em gramatura de qualidade:
um belíssimo print 
capaz de despertar a "Venus Adormecida".

Sanzio, Lotto, Botticelli, Ticiano,
vocês sabem do que estou falando?

Simples, singelos,
retorcidos, duplos,
estes fios que te abraçam e acariciam, 
fundem-se com teu ser. 

Na penumbra não existe imagem mais sensual.
E não se trata de gravura 
nascida dos devenaios do poeta.
Não!

É contemplação, reverência
de quem ama o que é belo porque pulsa,
sente,e é inconstante nas emoções.

É registro mental
de quem te ama 
mais que ontem, menos que amanhã,
porque te conhece na intimidade.

É uma ODE de quem ama a mulher 
namorada-noiva-esposa envolta na toalha
depois de mais um dia exaustivo.


Anderson San' Anna Teinassis



Todos os direitos autorais reservados!
(art. 7º,caput; 22, 28, 103, 105 e 108, todos da Lei 9610; art. 5º, XXVII, da CF/1988 e art. 184, do CP)


----------------------
Breve comentário:

ODE, entre os gregos da Antiguidade, era um poema para ser cantado.
Poema lírico destinado a celebrar grandes acontecimentos ou personalidades ilustres, ou expressar sentimentos mais familiares.
Justamente por estar às vèsperas de um grande acontecimento em minha vida resolvi registrá-lo por meio do dom e da missão que Deus me deu, escrever um poema, mas não um simples poema, não! 
A data é única, o momento é único, sobretudo porque Deus me deu uma linda mulher (cada dia mais linda), 
uma filha incrível, por isso a ocasião merece uma ODE pra dizer obrigado por tudo Grazy Mesquita. 
Amo-te!
Mais que ontem, menos que amanhã!

24.04.2017 às 2h33min