Trata-se de uma espécie de "Menu Cultural" do que o escritor vem produzindo no campo da poesia,conto, crônica,roteiro de cinema e TV,peça de teatro, e recentemente: novelas on-line. Além de compartilhamento de pensamentos e troca de experiências com todos aqueles que de alguma forma colaboram com a cultura sergipana.

domingo, 17 de agosto de 2014

SONETO NUNCA MAIS


Escrito em 06/12/2008.



Nunca mais irei sofrer como sofri,
Provando o veneno da indiferença,
Ou menosprezarem a minha crença.

Em respeitar... Louvar tudo que senti!
Nunca mais vou ouvir o que dá doença,
Nem vou me anular... Chorar o que perdi.
Vou rezar, repetir: - Renasça... Vença!

Não vou mais julgar o cara do espelho,
Não vou mais me deprimir... Vou gargalhar.
Reverenciarei a vida!

Vou amar, plantar amigos e os conservar,
Ter várias conversas comigo mesmo,
Vou cuidar de mim, viver... Me namorar!



Extraído do livro “Um Outro Hoje” por Anderson Sant’ Anna.




sexta-feira, 18 de julho de 2014

Morreu o escritor...


Morreu o escritor.

E com ele foram-se suas histórias
E personagens.
É.. sem dúvida a maior sacanagem
Da morte é eliminar
O eu criativo do autor.

Escritor, com teu palpitar
Vai-se o fascínio,
A humanidade,
A incógnita,
O amor.

Com a carne
De ti, cujo destino
Foi relatar o quão o mundo é lindo,
Vai-se sugestões de prosperidade.

por Anderson Sant' Anna





sábado, 12 de julho de 2014

Big Bang





Há tênue fronteira de transcendência
No cheiro rubro de um sentimento
Que não cresce frágil como a resistência
De bolha estourando ao beijar o vento.

Há benção... Destino... Sapiência.
Há início-meio-eternidade coexistindo no momento.
Há paixão diária, em sublime onipotência.
Há conexão, carinho... Há livramento.

Há grande explosão: BIG-BANG de sentidos.
Mãos suadas... Tour à “sensibilidade”.
E o que se palpita não é escondido.

Juras de amor são puras, escancaradas... De verdade.
Segredos são compartilhados... Despidos,
Vive-se o amor nubente... Vive-se a felicidade!



Por Anderson Sant’ Anna





sexta-feira, 4 de julho de 2014

Poema Sincero



Antes de tudo,
O amor é casual!
Surge confuso,
Sem dia, hora, local.

Sem anúncio,
Sem intérpretes,
Sem confetes,
Mudo...

Surge numa lua
Compartilhada a dois,
Na amargura
De esperar o depois....

Na vontade de escrever
Em verso e palavra
O quanto é bom ver
Minha amada brevíssima...

Nessa hora,
Anos de experiência literária esvaem-se...
Nada rima com nada....
E só escrevo três palavras:
"eu te amo!"

Amar por completo,
É escrever um poema sem gramática,
Sentindo em cada letra, uma beliscada
Do peito, um "querer por perto".

Amar, como amo minha raposa de Saint’ Exupery,
É escrever um poema como este:
Palpérrimo em rimas, mas rico em alma,
Simplesmente porque é sincero.


por Anderson Sant' Anna


terça-feira, 8 de abril de 2014

Cama de prego



Eu sei, você vai me convencer:
Cama de prego é boa para adormecer.

Eu sei, você vai me provar:
Pular sem paraquedas dá muito mais emoção,
Mergulhar no oceano sem oxigênio
Faz bem para o coração.

Eu sei, você vai me dizer:
Brincar com cobra naja, jacaré, enguia ou escorpião,
Conduzir veículo de olhos fechados
Ou motocicleta sem usar capacete...
É brincadeira de criança, não tem perigo não.

Eu sei, você vai argumentar:
Como é bom tomar choque de alta tensão.
Que semanas sem beber água não dá desidratação,
E que gordura trans não causa infarto no miocárdio não.

Eu sei... Tu vais me fazer acreditar em você:
Que por a mão no fogo ou no ácido é saudável,
Que navegar em Tsunami não faz diferença,
Que cama de prego é muito boa para adormecer.



Por Anderson Sant’ Anna - 08.04.2014 às 1h15min45seg






sexta-feira, 7 de março de 2014

Quando digo eu te amo...



Quando digo eu te amo
Não uso palavras em vão.
Falo de encontro, história, de graça... União.

Quando digo eu te amo, abro a visão
E enxergo um projeto de felicidade, de somação...
De compartilhamento de sonhos, anseios, esperanças, superação.
E muito mais que uma forte palpitação,
Sinto cumplicidade, matrimônio, fé, esperança, renovação.

Quando digo eu te amo,
Pinto alegrias, imagens, sons e lembranças no coração...
Só para dizer que te amo de corpo e alma.

Porque palavras não cabem na emoção.
Palavras não são suficientes na difícil missão
De expressar o que quero dizer quando digo eu te amo.



Por Anderson Sant’ Anna – 05.03.2014


domingo, 26 de janeiro de 2014

Por quê?



Por que estou aqui?
Por que estás aí?
Por que a terra é redonda?
Por que na praia há tantas ondas?

Por que o céu é azul,
As estrelas são brancas,
O leste é no leste e não no sul,
E nas ruas encontram-se tantas crianças?

Por que o capim é verde,
O caule da árvore é marrom,
Na minha frente não tem uma parede, mas um horizonte,
E a velocidade da luz é mais rápida que a do som?

Por que vejo, outros não?
Por que nem sempre a justiça é cega?
Por que alguns ricos são tão pobres?
Por que alguns doutores são tão mal educados?

Por que há esperança?
Por que o mundo não é perfeito ?
Por que apesar de tudo ainda existe o amor,
Muitos acreditam num futuro melhor,
E possuímos um espírito sonhador?

Por quê?



Por  Anderson Sant’ Anna em 1992



domingo, 19 de janeiro de 2014

Soneto Bom



É tão bom saborear felicidade
Na doce companhia da pessoa amada.
É tão bom aspirar humanidade
Em Árabes ou qualquer nação armada!

É tão bom ver espiritualidade
Na metrópole materializada.
É tão bom ouvir a maternidade
Na grande alegria da mãe, e tia adorada!

É muito bom viver, viver... Por viver!
É tão bom beijar e sentir amor.
É muito bom mudar, evoluir... Crescer!

É  tão bom refletir sem sorver dor.
É tão bom dormir para amanhecer,
Para chorar, sorrir... Seja o que for!



Por Anderson Sant’ Anna Teinassis - 2014.01