Trata-se de uma espécie de "Menu Cultural" do que o escritor vem produzindo no campo da poesia,conto, crônica,roteiro de cinema e TV,peça de teatro, e recentemente: novelas on-line. Além de compartilhamento de pensamentos e troca de experiências com todos aqueles que de alguma forma colaboram com a cultura sergipana.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

No Bar


No bar o violonista toca
Belos clássicos da MPB
Ou alguma “da parada” das FM’S
Que tenha conteúdo, emoção... Memória.

E quando anuncia
Mais uma música preparada
Com carinho para os casais
E os ouvidos dos enamorados,
Um Homem rompe a melodia, sem dó:

- Garçom! Mais “treis pastel” e quatro cerveja!

Quanta insensibilidade...

O Homem atropelou a gramática
E a sintonia entre música,
Platéia, garçons, casais...
Juras de amor eterno
Ou de renovação.

Mas dois românticos
Não se abalam.
Pois eles, a música,
A poesia, e o amor são um só.

Não são desse mundo...
Desse mundo que ignora as manifestações artísticas,
Desse mundo que não tem fome de arte,
Apenas de pastel.

Os namorados têm fome de amor!




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Comentário:

Esta poesia foi escrita em 08/08/2007 às 19h53min. Lembro que comecei a rabiscá-la assim que cheguei em casa após passar uma tarde num Shopping da cidade. Estava na praça de alimentação e ouvi um violonista que tocava uma boa música enquanto algumas pessoas discutiam para escolher o que iriam lanchar. Foi angustiante ver que 90% ignoravam a bela música. Cada um preso na superficialidade de um mundinho egocêntrico, limitados as necessidades físicas e deixando de lado as primordiais prioridades da alma.

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"Conheça todas as teorias, domine as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana." - Gustav Jung