Trata-se de uma espécie de "Menu Cultural" do que o escritor vem produzindo no campo da poesia,conto, crônica,roteiro de cinema e TV,peça de teatro, e recentemente: novelas on-line. Além de compartilhamento de pensamentos e troca de experiências com todos aqueles que de alguma forma colaboram com a cultura sergipana.

sábado, 26 de março de 2011

A Dança




Chora criança
Que a mãe balança
Num ritmo cadenciado, lento.
Árvores balançam ao vento.

Abrem-se pétalas de rosa.
Uma pretendida abre seu coração
Para o amado e fica mais formosa,
Leve, feliz... Preenchida de paixão!

Vovó derrama café.
Neto esparrama vontade.
Filho não quer família, nem fé...
Indivíduos perdem humanidade.

Um buraco na rua vaza água.
Onde capitalista vê prejuízo,
Poeta vê pássaros, cachorro, vaca...
Bebendo água.
Crianças brincam... Pais perdem juízo.

Um caminhão bloqueia Viaduto do Dia.
Um caminhão atropela e mata gari.
Um caminhão rega plantas no Luzia.
Um “caminhão” de espermas faz a mulher pari.

E assim segue a vida.
Do ponto A ao ponto B.
Do berçário ao túmulo:
Partida e chegada. Ou chegada e partida?

Mais uma pergunta sem resposta
Como outras tantas feitas a cada segundo.
Uma dança que nos é imposta
E transforma Maria e José em todo mundo!

Amemos, amemos, amemos.
Vivamos, vivamos, vivamos.
Dancemos! Dancemos! Dancemos!


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"Conheça todas as teorias, domine as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana." - Gustav Jung