Junto
com a roda veio o movimento,
A
pressa, estresse, progresso... Trânsito.
E
o que era pra ajudar causou tormento,
Dinheiro,
guerra, acidente, dor... Pranto.
Perdeu-se
o gosto do caminhar lento,
De
ver a rosa abrir e ter espanto...
De
andar descalço... Sentir cimento,
De
fazer o bem e um dia viver Santo.
Viva
a simplicidade camponesa,
Ofereça
ajuda, não espere o “pedir”!
Aprenda
a ser rico e rir na pobreza.
Pois
há tempo de você se redimir,
Faça
as pazes com a mãe natureza...
Ame
amigos e amores antes de partir!
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Comentário:
Este soneto foi escrito no dia 11 de
dezembro de 2008, minutos depois que recebi a notícia de que a incomparável
professora de gramática, Oldemária, tinha falecido. Comovido recordei de uma
aula em especial no qual ela que tinha fama de ser superexigente parabenizou
pela análise textual da música de Chico Buarque, a Roda, inspirado naquela aula
e naquela maravilhosa obra, construí este singelo soneto.
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"Conheça todas as teorias, domine as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana." - Gustav Jung