Trata-se de uma espécie de "Menu Cultural" do que o escritor vem produzindo no campo da poesia,conto, crônica,roteiro de cinema e TV,peça de teatro, e recentemente: novelas on-line. Além de compartilhamento de pensamentos e troca de experiências com todos aqueles que de alguma forma colaboram com a cultura sergipana.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Fantasma do SE



Não faço planos.
Pra quê? Se mesmo sem querer,
Serão frustrados.
Estudar pra quê?
Se, sem QI,
Serei mais um sem emprego?
Pra que lhe ouvir,
Se algum outro lhe ouvirá?
Se tenho meus próprios problemas
Pra dividir com o espelho.
Pra que cantar
"Parabéns a você"
Se és um cego
Feliz por não vê?
Quanto a mim?
Não, não sou sinônimo de perfeição,
Tampouco de moral...
Sigo fazendo da realidade minha ilusão,
Guiando-me pelo "segredo percebido"
Na dualidade de Platão.
Eu sei o que eu fiz,
Mas não sei o que vou fazer...
Fiz o que fiz,
Sem o Fantasma do Se,
E descobri que só assim
Vale a pena viver.  



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Comentário:

Quantas vezes em nosa vida não ouvimos uma pessoa falar: Ah! Se eu tivesse feito isso ou aquilo? Essa poesia surgiu à partir dessa reflexão. Contudo foi um trabalho encomendado. Um grupo de Teatro Carioca tinha me encomendado uma peça de teatro infanto-juvenil. A peça trataria desse tema. Assim que terminei veio-me a idéia de concluir a peça com uma poesia que seria declamada de acordo com o encerramento da jornada das personagens. Todos os presentes se emocionaram bastante. É um dos momentos da minha vida que aprecio recordar.

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"Conheça todas as teorias, domine as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana." - Gustav Jung