Há pessoas que sabem amar,
E outras, muitas,
Que não sabem ser amadas.
E não deixam sua alma
Ser banhada na cascata
Do amor, com medo de secá-la.
(mas o amor não seca).
E não põem a ponta dos pés
Em sua água cristalina, límpida...
E se põem, sentem um calafrio
E não deixam a temperatura homogeneizar...
Se auto-proclamam românticas,
Mas têm mais gelo que os dois pólos.
Não acreditam no amor perfeito
Porque são imperfeitas na relação,
Tentam em cada beijo
Impor uma verdade, um conceito,
E chama de diálogo esta imposição.
Há muitas pessoas que não sabem ser amadas,
E outras, que têm a esperança
de que um dia elas prendam.
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Comentário:
Essa poesia foi escrita em 15/01/2001 à base de lágrimas. Tinha sofrido uma decepção amorosa e na ocasião, para desabafar em versos ela nasceu. Também veio da constatação de que algumas pessoas ao meu redor, bem quistas tenham o mesmo tipo de comportamento: Não valorizar que estar perto, ou não dá importância ao sentimento do outro. Como dizia Renato Russo: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.”
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"Conheça todas as teorias, domine as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana." - Gustav Jung