A violência
Tornou-se uma doença
Que não cicatriza...
E o pior
É que todo mundo o banaliza,
Pois é normal
Ter esta ferida aberta.
Ninguém acredita mais em remédios...
Engoliram-se os estereótipos
E num tapa,
Cuja dor ainda é sentida,
Vimos a violência sair da TV,
Das desgraças alheias...
A invadir o nosso dia-a-dia.
E o pior...
É que fingimos
Que não é conosco.
E a batida da vida continua,
E a batida dos ladrões continua,
E a batida da polícia continua,
E a batida dos nossos corações
Tenta continuar...
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Comentário:
Essa poesia foi escrita em 17/10/2003. Oito anos depois ainda não me conformei com a banalização da violência. Notícias morte, estupro, seqüestro, latrocínio em TV aberta, na hora do almoço, compartilhado entre pais e filhos. Que Deus nos ajude!
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"Conheça todas as teorias, domine as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana." - Gustav Jung