Trata-se de uma espécie de "Menu Cultural" do que o escritor vem produzindo no campo da poesia,conto, crônica,roteiro de cinema e TV,peça de teatro, e recentemente: novelas on-line. Além de compartilhamento de pensamentos e troca de experiências com todos aqueles que de alguma forma colaboram com a cultura sergipana.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

QUANDO O AMOR APARECE...




Quando o amor aparece
Muitos fatos fazem sentido:
Suor na mão, peito que se aquece,
Frio na barriga, olhar perdido.

Quando o amor nos abraça
Aprendemos uma nova lição a cada instante,
De tudo achamos graça,
E só vimos beleza em um semblante.

Quando o amor nos fala
Passamos a ouvir o som da vida,
E nada no mundo nos abala
A não ser a dor da partida.

Quando o amor nos afaga,
Saudade é ferida aberta,
É chama que não se apaga,
Alma sente-se completa.

Quando o amor nos respira
Entendemos agonia materna,
Mente que pira,
E o mito da caverna.

Quando o amor nos inflama
Damo-nos conta que a alma
Já nasce sabendo a quem ama.



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Comentário:

Essa poesia foi escrita em 21/01/2008 às 8h19min. Quantas vezes não vimos filmes, novelas, poema ou músicas que falam sobre o amor existente entre as almas gêmeas? A idéia dessa poesia veio justamente à partir de um filme do qual no momento não me recordo. Neste, um dos personagens falou sobre uma lenda judaica em que antes de vir ao mundo cada alma é partida ao meio. E por isso, uma vez encarnado, passará toda a existência em busca da outra metade, ou seja, a amada, fruto do amor verdadeiro, puro, incondicional, que só existem entre as almas gêmeas. Lembro que aquele diálogo me tocou e este poema praticamente nasceu pronto.

Um comentário:

  1. Para mim, a sensação que tive foi que esse poema é o irmão mais velho de "Quando o amor vier". E a imagem completou o sentido, ficou perfeita! Adorei tudo e a você cada vez mais! :)
    Beijão

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"Conheça todas as teorias, domine as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana." - Gustav Jung