A possibilidade de casamento existia há muito tempo. Um conheceu a família do outro, ambos se informaram sobre os podres que só os parentes mais próximos e amigos de infância conhecem. Mesmo assim, um pôs o simbólico anel no dedo do outro. Tudo estava perfeito. Os dois tinham onde cair morto, o só faltava a casa, afinal de contas, “quem casa quer casa” e não poderia ser uma qualquer.
O noivo não fazia exigências, o que sua amada decidisse estava decidido e pronto. Entretanto, para a moça, uma coisa era imprescindível: A casa escolhida deveria situar-se próxima ao trabalho dela. Há algo pior do que começar o dia num engarrafamento ou num ônibus super lotado?
Ela queria morar num lugar onde pudesse ir ao trabalho sem precisar ofender a mãe de nenhum motorista ou perder a paciência procurando vaga no estacionamento; onde pudesse ir a pé, até preferia, pois achava muito inspirador.
A procura durou três anos. Não que ela não tivesse encontrado nenhuma, é que sempre o noivo punha defeito em alguma coisa: "É muito quente, pequena, não gosto da cor..." Assim, o tão sonhado casamento era protelado, cansando-a.
Um dia, enquanto saboreava um belo cachimbo a avó da noiva ouviu sua neta comentar a tristeza que sentia por não encontrar a casa perfeita, e falou: "Minha filha, você vai encontrar a casa perfeita, seu noivo está lhe enrolando. O problema é que ele mora com a mãe e mais doze irmãos e está com medo de você sair para trabalhar, e deixá-lo sozinho." A neta não levou aquela opinião a sério, apenas sorriu dizendo: "A senhora tem cada idéia!" Contudo, aquilo não entrou por um ouvido e saiu noutro, ao contrário, fez eco em sua alma.
Com o tempo outras casas e outras desculpas surgiram, até acharem a melhor de todas: grande, próxima e linda. Mas ele não quis. Aquilo foi demais pra ela, então começaram a discutir, e no auge da discussão ela gritou: "Você está é com medo de eu ir trabalhar e ficar sozinho nesta casa enorme!" Chorando, o noivo confessou. Porém, não foi motivo pra terminarem o noivado: O AMOR ERA MAIOR DO QUE A CASA.
Depois de soluços, beijos e abraços resolveram marcar a data do casamento e decidiram que cada um iria continuar morando em seu respectivo lar. Ela sozinha, e o noivo continuaria com a extensa família.
Casaram, se amaram, e foram felizes para sempre até a mudança de um vizinho bonito, independente, sarado e que não tinha medo ficar sozinho.
A-mei! A-mei! A-mei! Vizinhos bonitos, corajosos e com iniciativa, se liguem!! KKKK
ResponderExcluirSempre demais!!!!
ResponderExcluirEdna Oliveira
VC SEMPRE SE SUPERANDO CARO AMIGO.ISSO ALÉM DE INTELECTUALIDADE É UM DOM.BJXS E PARÁBENS!
ResponderExcluirEMILIA !
Muito lindo amigo.
ResponderExcluirparábens por seu dom!